Gisèle Santoro (RJ) dançou no espetáculo em comemoração à inauguração de Brasília. Retornou à capital em 1962, para se apresentar com a Fundação Brasileira de Ballet. Foi quando conheceu aquele que veio a ser seu marido: o maestro Claudio Santoro.
Formada pela Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Gisèle chegou a iniciar docência em Brasília. Porém, em 1965, acompanhou seu marido – exilado por conta da ditadura militar -, afastando-se do Brasil por quase dez anos. “Brasília significa muito para mim. Dancei na inauguração, conheci meu marido aqui, e quisemos viver aqui para ver a cidade se desenvolvendo, como se fosse um filho crescendo. Quando voltamos do exílio, Claudio poderia ter ido para o Rio, mas ele adorava Brasília. E eu também”, conta Gisèle, que chegou a ser coroada cidadã honorária da cidade.
A bailarina sempre quis disseminar e fortalecer a dança no DF e, por isso, desenvolveu vários projetos de solidariedade. Pretendia constituir uma Escola de Dança e Corpo de Baile de Brasília. Depois de inúmeras tentativas dificultadas e fracassadas, decidiu montar sua própria academia, o Ballet de Câmara Gisele Santoro e o Ballet de Brasília.