Wagner Barja é curador, crítico de arte, artista plástico e mestre em Arte e Tecnologia da Imagem pela Universidade de Brasília (UnB). Carioca, Barja está radicado em Brasília desde os anos 1970 e hoje é chefe do Sistema de Museus do Distrito Federal e diretor do Museu Nacional do Conjunto Cultural da República. Já realizou várias mostras individuais e coletivas, dentro e fora do Brasil.
Sempre envolvido com investigação e pesquisa da arte, Barja busca desconstruir, com humor e ironia, o linear e o estabelecido. Uma de suas obras, Jonas, uma instalação em vídeo, foi constituída por 20 peças fundidas em alumínio e resina, que formavam as vértebras de uma baleia com asas – que figuravam telas de vídeos em que o artista reconstruiu o mito-literatura do profeta Jonas (que, segundo as escrituras, foi engolido e depois cuspido por uma baleia).
Seu lema é ousar nas poéticas visuais, escreveu a organização de sua exposição Experiência Tumulto III. Uma das atrações dessa mostra foi a obra Armadilhas semânticas, poesia virtual em foto e vídeo, com micos que comem bananas e formam palavras-chave para a interpretação do público. De acordo com o especialista em linguística Álvaro Faleiros, Armadilhas semânticas compreende uma crítica ao establishment artístico ao colocar, atrás de um vidro, bananas formando as letras AKD e, junto a elas, um mico que as devora e desorganiza, deformando o modelo estabelecido. As letras que o mico devora acabam formando a palavra “acadêmico”, evidenciando a relação do trabalho do artista com a poesia concreta e também seu tom irônico.
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