TT Catalão é poeta, jornalista, letrista e ativista cultural. Controverso, sua linguagem é afiada, cáustica, tendo origem no Boca Maldita Gregório de Matos, passando pela ironia do Barão de Itararé, no estilo “palavra-puxa-palavra”.
Anárquico, uniu seu posicionamento engajado à aproximação da linguagem verbal e imagética para começar a produzir. Daí, surgiu sua afinidade com a expressão poética e a arte de rua.
TT defende que a verdadeira cidade é feita das pessoas que a habitam. Brasília, para ele, se concentra na encruzilhada nacional, e isso se reflete na cultura local. Ele acredita que a capital abriga um Brasil oculto, profundo, internacional e cósmico (ele brinca com o brasiliense sci-fi que via disco voador).
O poeta irônico constata que Brasília é uma cidade cultural desde 1957, quando começaram a chegar os trabalhadores para erguê-la. Foi ali o ponto de partida da mistura na qual se configuraria o DF.
Ele pensa que, uma vez que a cultura trabalha com valores e princípios, ela pode refundar uma cidade e transformá-la em cidade-invenção. Para TT, a capacidade de produção do povo é infinita, mas falta uma rede de escoamento, um mapa de conexões entre as diversas produções.