Natural de Mossoró (RN), João Almino é o responsável por levar Brasília à Academia Brasileira de Letras, de cuja sexta cadeira tomou posse em 2017. Apesar de potiguar, João Almino permitiu Brasília se apropriar dessa vitória, uma vez que seu Quinteto de Brasília é formado por cinco romances premiados sobre a capital, sua construção, seu misticismo e seus habitantes: Idéias para Onde Passar o Fim do Mundo, Samba-Enredo, As Cinco Estações do Amor, O Livro das Emoções, e Cidade Livre.
Diplomata e embaixador, Almino é também autor de extensa obra de não ficção, nas áreas de história e de filosofia política, que é referência para estudiosos sobre autoritarismo e democracia.
Do Rio Grande do Norte, João Almino trouxe a Brasília uma de suas melhores definições: “é aquela cidade sem história e rica em carga simbólica. E o que Brasília simboliza? A democracia. A racionalidade. A nação. A aspiração de igualdade. O moderno. O futuro. E também, claro, o poder, a alienação, o encastelamento, a corrupção, o autoritarismo, o misticismo e a irracionalidade. Poucas cidades do mundo têm uma carga simbólica tão forte”.