Joaquim Paiva (Vitória, ES, 1946) é fotógrafo e colecionador de fotografia contemporânea. “A fotografia para mim é uma forma de comunicação com o mundo, de participação no processo cultural contemporâneo e de contribuição ao acervo visual brasileiro”, afirma. Paiva registrou os primeiros anos de Brasília, quando passou a residir na capital, em 1960. Com 24 anos na época, documentou especialmente o Núcleo Bandeirante (residência dos operários que haviam trabalhado na construção).
Paiva esteve em inúmeras exposições no Brasil e em outros países. Escreve diários literários e visuais desde 1998, e também já publicou diversos catálogos e traduções. Em 2010, realizou a exposição Foto na hora, apresentando aspectos da vida e da arquitetura do DF. Depois, sua produção encaminhou-se mais para questões autobiográficas e de expressão pessoal. “Meu trabalho como fotógrafo tem se relacionado com minha experiência afetiva e familiar, e a vivência em alguma cidade onde residi, como Brasília”. Sua estética gira em torno do trabalho com a continuidade, a fragmentação, a justaposição, o lúdico e o corpo.
Colecionador desde 1978, seu acervo é hoje a maior coleção privada de fotografia no Brasil, congregando cerca de 2,2 mil imagens de 170 fotógrafos brasileiros, bem como 300 imagens de 70 fotógrafos estrangeiros. “Meu trabalho como colecionador me fez descobrir a riqueza da produção fotográfica brasileira atual e o quanto ela é reveladora das expressões individuais e da diversidade cultural do país”, relata Joaquim.
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