O Liga Tripa foi um grupo de compositores e músicos do início dos anos 1980, inspirado pelo movimento poético Geração Mimeógrafo. Seu trabalho oscilava entre o lírico, o filosófico, o político e o irreverente. Com violões acústicos, seus integrantes – Sérgio Duboc (voz e violão), Aldo Justo (voz e violão), Toninho Alves (voz e flauta), Fino (percussão) e Caloro (voz e negão) – apresentavam sambas e baiões sem sotaque carioca ou nordestino, e fundiam outros estilos musicais, como o jazz.
O Liga Tripa é considerado uma banda urbana, porque cantava suas alegrias e tristezas pelas ruas da Asa Sul, trazendo também o espírito do cerrado. O grupo enfrentou conflitos durante a ditadura militar, mas pôde contar com o apoio da população. “O mais interessante foi que a gente só falava de alegria. A gente não falava de política. Isso é o que mais incomodava os caras”, conta Aldo Justo, ao que Toninho Alves acrescenta: “não somos um grupo que corre atrás de grana. Nunca tocamos por modismo. Sempre foi batalhar para chegar junto”.
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