Lucio é um artista visual brasiliense de pouco mais de 20 anos – que pinta desde os 13 – já conhecido internacionalmente por seus trabalhos. Portador de Síndrome de Down, o pintor largou a escola – por conta do preconceito que sofria – para se dedicar exclusivamente à arte. “Ele não é uma pessoa com Síndrome de Down que pinta, mas um pintor que tem Síndrome de Down”, explica Lurdinha Danezy Piantino, sua mãe, que também é artista plástica e escritora. O pintor precoce cresceu cercado de artistas, já que, além de seu pai – também pintor -, seu avô era ninguém menos que Glênio Bianchetti.
A inspiração de Lucio vem de elementos de seu cotidiano: pessoas, músicas, cores e artistas de TV. O carinho que Lúcio tem por suas produções é um amor íntimo, familiar. “Meus quadros são meus filhos, e as tintas são o alimento que dou para eles”, define. As obras de Lucio têm influência do concretismo, do minimalismo e de forte geometria. Aos 19 anos, ele já havia realizado dez exposições individuais, recebido bolsas e prêmios e ministrado workshops para outros meninos portadores de necessidades especiais. “Gostei muito da experiência. Pintei telas na hora e os 15 alunos que participaram [do workshop] também pintaram”, diz o artista, orgulhoso.
Lurdinha conta que o preconceito ainda é a maior dificuldade que enfrentam, mas que estão surgindo avanços. Ela criou a Associação Mães em Movimento (Amem), que trabalha para a criação e a implantação de políticas públicas para pessoas especiais.
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