Luiz Gallina Neto (São Paulo, 1953) é gravador, pintor e marceneiro. Mudou-se para Brasília em 1969 e se graduou em Comunicação Social em 1975. Chegou a retornar à terra natal entre 1976 e 1977, mas, no ano seguinte, redescobriu a cidade modernista em choque com a atmosfera urbana de São Paulo. Em 1994 passou a lecionar na UnB e, em 2004, concluiu seu mestrado em Poéticas Contemporâneas.
O artista já realizou diversas exposições em Brasília e em outros estados. As paisagens do Planalto Central – mistura de cerrado e características urbanas do DF – são temas de seus trabalhos. Vive, desde o início dos anos 2000, numa chácara isolada, que, além da casa, tem um galpão onde funciona seu laboratório. É ali que, como um alquimista, Gallina combina pastéis, guache, colagem, nanquim e fotografia.
Em 2013, o artista conseguiu se apropriar de símbolos e reflexões para criar uma de suas séries de gravuras mais maduras, poéticas e densas: A Tábua de esmeralda. Produziu uma série intitulada Alquimia transversal, em que cruza informações de sua memória e concilia sua trajetória em diversos aspectos. “Tudo isso sou eu. Esta é a minha fala, e agora quero quebrar um pouco de sua lógica. O estranho é aquele que se conhece mas se esqueceu”, diz, citando Freud. Fez, também, 18 xilogravuras numa série que recria Brasília e o cerrado conforme eram há 30 anos. As questões intrínsecas à cidade e ao espaço fazem parte de sua obra.
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