“Ceilandestino”, poeta, calango cangaceiro, por vezes um passarinho: essas são as palavras que o jovem poeta Sabiá Duqueza (Alex Canuto) usa para se definir. Arte-educador e cordelista da cidade, ele conta que desenvolve seu trabalho com o intuito de encantar e contar histórias que narram trajetórias silenciadas vindas principalmente das periferias e da cultura popular.
Os pais de Sabiá nasceram no Nordeste e vieram para Brasília – assim como muitas outras famílias – sonhando com melhores condições de vida. Reconstruíram o lar na Ceilândia, cidade que abriga muitos migrantes nordestinos que, na opinião de Sabiá, trouxeram enorme bagagem cultural e social, muitas vezes esquecida na história do DF.
Em sua poesia, Sabiá mistura vivência, cultura popular, cultura de periferia e contação de história. Sua proposta é resgatar e aproximar uma cultura que foi esquecida e silenciada, mas que é originalmente do povo, um patrimônio vivo.