Poeta nascido em Cuiabá (1958), Nicolas Behr veio para Brasília em 1974 e, três anos depois, lançou seu primeiro livro mimeografado (zine), Iogurte com Farinha, o primeiro de muitos que viriam, como Porque construí Braxília e Eu engoli Brasília.
Nicolas foi integrante da Geração Mimeógrafo, grupo de poesia marginal organizado em Brasília para resistir à censura do regime militar. À época, sua literatura explorava a relação com os espaços estranhos da nova capital, que ainda parecia crua, distante, vazia.
Ainda hoje o poeta traz reflexões a respeito da ocupação da cidade e do transitar existencial pelas ruas de Brasília, por meio de uma linguagem simples, direta, quase satírica.
Behr é reconhecido tanto por sua participação política (diante da resistência estabelecida pela Geração Mimeógrafo), quanto por sua literatura, que contribuiu e contribui para mostrar a capital ao resto do país, falando sobre ela, buscando preenchê-la, chamando atenção para suas especificidades.