As fotografias de Bárbara Wagner (Brasília, 1980) tratam, principalmente, do que ela chama de “corpo popular” e de sua visibilidade, transitando e subvertendo os espaços da cultura pop e da tradição. Bárbara confere poesia ao tom documental da fotografia jornalística, ao buscar aquilo que “está tão perto que não se vê”, como diz. Ela conta que a intuição tem grande força em seu trabalho.
Mestra em Artes Visuais pelo Dutch Art Institute (2011), a artista já realizou diversas exposições em território nacional e internacional, além de possuir obras expostas no MAM (Museu de Arte Moderna) e no Masp (Museu de Arte de São Paulo). Bárbara acumula vários prêmios, inclusive o Pipa de 2017, por uma trabalho que partiu de duas manifestações populares pernambucanas: o frevo e o maracatu. “O trabalho de Bárbara tem uma maneira muito ágil de lidar com a cultura popular, seja o punk, o gospel evangélico, o frevo. Ela sabe trazer esse corpo popular para uma linguagem contemporânea”, avalia Luiz Camillo Osorio, curador do Instituto Pipa.
Residente no Recife desde 1997, a brasiliense se considera uma artista sem origem fixa ou destino certo. “Aos cinco anos, fiz uma viagem de carro que durou muitos dias, cruzando o interior do país, da qual não me esqueço: por mais que o tempo passasse, a Bahia não acabava nunca. Aos 17 anos, decidi morar no Recife, que é para mim essa Bahia que não se acaba. É lá onde me faço perguntas que não têm resposta certa, questões ordinárias que me permitem acessar formas de expressão popular extremamente complexas”.
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