Glênio Alves Branco Bianchetti (Bagé, RS, 1928) foi gravador, pintor, ilustrador, tapeceiro, professor e desenhista. Iniciou estudos artísticos na década de 1940. Em 1949, ingressou no Instituto de Belas Artes de Porto Alegre e, em 1951, fundou o Clube de Gravura de Bagé, posteriormente incorporado ao Clube de Gravura de Porto Alegre, grupo que realiza uma produção artística de caráter social.
Na década de 1950, Bianchetti passou a produzir xilografia e linoleogravura. Com contrastes, abordava temas relacionados ao trabalho e aos costumes regionais, retratando principalmente operários em olarias ou meninos brincando. A partir dos anos 1960, passou a realizar, principalmente, pintura, litografia e gravura em metal. Na pintura, Bianchetti trabalhou seus temas – figura humana, natureza-morta e paisagem – com formas simplificadas e relações cromáticas. Seus quadros revelam admiração pelo cubismo e interesse pela abstração. No início da década de 1970, colaborou na criação do Museu de Arte de Brasília e participou de projetos de educação artística. Entre 1962 e 1965, Bianchetti chegou a lecionar desenho e pintura na recém-inaugurada Universidade de Brasília, mas foi afastado pelo regime militar. Foi reintegrado à Universidade somente em 1988.
Em 1999, foi homenageado por seus 50 anos de carreira, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. “Bianchetti nos oferece uma poética pictorial conjugada a uma técnica magistral de execução a demonstrar que já venceu todas as suas problemáticas, adquiriu seu estilo, tornando-se um dos mais autênticos representantes do expressionismo figurativo no ciclo atual da nossa pintura contemporânea”, escreveu Hugo Auler, desembargador – primeiro presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) – a respeito do artista. Por causa de uma hemorragia interna, causada por um cateterismo, Glênio morreu na noite de 18 de fevereiro de 2014.
Fonte 1 | Fonte 2 | Fonte 3 | Fonte 4 | Fonte 5