Vindo do interior de Goiás, Paulo Tovar chegou em Brasília em 1972. Na escola Elefante Branco, conheceu alguns dos nomes que viriam a formar a primeira geração de artistas da cidade. Nas superquadras do Plano Piloto, encontrou o caldo que alimentava a nascente identidade brasiliense. Inspirado pelo movimento Geração Mimeógrafo, uniu-se ao grupo, mais especificamente ao poeta José Sóter, para publicar e estimular a cena literária candanga. Foi poeta andarilho, mas deu início à jornada artística nos anos 1980, no Concerto Cabeças, que acontecia na 311 Sul.
Tovar fez poesias, músicas, parceiros, deixou filhos, amores, venceu festivais, criou polêmicas, plantou árvores e deixou a vida em 2009. “Não há como falar do Tovar sem falar em música. E não há como falar de sua morte sem emoção. ‘Em Mangueira, quando morre um poeta, todos choram’. Pois hoje, Brasília está transformada numa imensa Mangueira, toda verde e rosa, chorando a passagem de um de seus maiores poetas”, disse o também poeta Paulo Timm, quando o amigo faleceu.