Natural da capital paulista, Reynaldo Jardim (1926–2011), foi extremamente marcante para a imprensa e a cena literária brasileiras. Nos anos 1950, participou da reforma do Jornal do Brasil, onde criou e editou o Suplemento Dominical. O caderno foi o mais importante suplemento literário de poesia concreta do Brasil e, por lá, passaram grandes escritores, como Ferreira Gullar.
Em 1968, Reynaldo declamava todos os dias, ao vivo na televisão, versos sobre o acontecimento mais importante das últimas 24 horas. O Jornal de Vanguarda fazia parte da programação da TV Rio e deu a Reynaldo a experiência necessária para que, quase 40 anos depois, ele assinasse a única coluna diária de poesia que já existiu no país, no Caderno B do Jornal do Brasil (2004-2006).
Após exercer cargos influentes na imprensa em diversas capitais do país, em 1988 o poeta chegou em Brasília. Ele respirava poesia e escrevia compulsivamente. Viu publicados doze livros de sua autoria, como Joana em Flor, Maria Bethânia, Guerreira, Guerrilha, A Lagartixa Escorregante na Parede de Domingo e Cantares Prazeres.